Segundo Cunha, o equipamento foi planejado de forma envolvente, sem considerar o alto custo de operação. “Seriam necessários cerca de R$ 6 milhões por mês para manter os serviços, algo inviável para o município”, afirmou. Ele criticou o projeto, argumentando que foi concebido com seleções eleitorais, sem pensar no impacto financeiro para a cidade. “Fizeram o mais fácil, que é a construção, mas não planejaram como isso iria funcionar e quem pagaria os custos.”
O prefeito pediu duas alternativas para a maternidade. A primeira transferência seria dos serviços de maternidade da Santa Casa de Mogi das Cruzes para o novo prédio. A outra, mais recente, envolve uma transformação da maternidade em uma unidade de saúde estadual, que atenderia não apenas Mogi das Cruzes, mas também os municípios do Alto Tietê.
Caio Cunha relatou que essa possibilidade já está sendo discutida com os governos estaduais e federais, e que há apoio do Ministério da Saúde e do secretário estadual de São Paulo, Eleuses Paiva. “Estamos trabalhando na reorganização da saúde da região, incluindo a redistribuição do atendimento e a regionalização do CROSS.”
A estrutura da Maternidade Municipal, batizada em homenagem ao prefeito Manoel Bezerra de Melo, foi erguida no terreno do antigo fórum distrital, no distrito de Braz Cubas. Com oito mil metros quadrados, sete pavimentos e um investimento de R$ 35 milhões, o prédio atualmente abriga apenas o Pró Mulher e o Banco de Leite de Mogi das Cruzes.