Mais de R$ 8,1 bilhões foram bloqueados pela Justiça após a deflagração da Operação Decurio pela Polícia Civil, nesta terça-feira (6). A ação, conduzida pela Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Mogi das Cruzes, cumpriu 20 mandados de prisão temporária e 60 de busca e apreensão em 15 cidades do estado de São Paulo, incluindo Mogi das Cruzes.
Fabricio Intelizano, delegado responsável pelas investigações, destacou em entrevista coletiva que um dos principais alvos da operação é um empresário, descrito como ‘lobista’, que mantém uma fintech em Mogi das Cruzes. A análise das movimentações financeiras da empresa nos últimos cinco anos revelou que cerca de R$ 600 milhões foram movimentados, com fortes indícios de envolvimento em atividades ilícitas.
“Ele atua como um verdadeiro lobista, um articulador. Tem contatos na política e, com o dinheiro obtido em atividades muitas vezes ilícitas, acabava circulando no meio político e financiando campanhas. Boa parte do dinheiro movimentado por essa empresa era oriundo de crimes praticados pelo PCC, principalmente o tráfico de drogas, que originou a investigação”, explicou o delegado Intelizano.
A operação é vista como um passo significativo no combate à organização criminosa, que, além de atuar no tráfico de drogas, teria influências profundas na política local através de financiamento ilícito.