O prefeito de Mogi das Cruzes-SP, Caio Cunha (Podemos), e seu candidato a vice, Joel Chen, estão sob investigação por abuso de poder político após veicularem um vídeo de campanha que utilizava a localização de duas crianças autistas desaparecidas para promover seus serviços de segurança pública. A Justiça Eleitoral ordenou a remoção do vídeo das redes sociais, em decisão liminar, após a denúncia apresentada pela coligação “Compromisso e Amor por Mogi”, encabeçada pela candidata a prefeita Mara Bertaiolli (PL).
No vídeo em questão, Cunha e Chen, utilizando roupas com o número de seu partido e o nome de sua coligação, gravaram no estacionamento do Paço Municipal um depoimento sobre o desaparecimento e a localização das crianças, evento este que foi resolvido através das câmeras de monitoramento do Centro de Operações Integradas (COI), um serviço público de Mogi das Cruzes. A ação foi considerada como uma exploração indevida de serviço público para fins eleitorais, o que é proibido pela legislação.
O juiz eleitoral Gustavo Alexandre da Câmara Leal Belluzzo destacou que o uso de recursos públicos para favorecer a candidatura de Cunha e Chen pode configurar abuso de poder político, prejudicando a igualdade de condições entre os candidatos na eleição. A coligação de Mara Bertaiolli argumentou que a atitude dos adversários colocou a máquina pública a serviço de interesses políticos, desrespeitando a legislação eleitoral.