A Câmara de Mogi das Cruzes rejeitou, na sessão ordinária de quarta-feira (25), o pedido de cassação do mandato da vereadora Inês Paz (PSOL). A solicitação foi apresentada por Fernanda de Almeida Cursino, ex-assessora da vereadora, e se baseava em uma acusação de “rachadinha”, alegando que Inês retinha parte do salário de sua assessora.
Fernanda relatou que, embora sua remuneração mensal fosse de aproximadamente R$ 2.500, Inês Paz teria solicitado uma “contribuição” mensal de cerca de R$ 4.200, com base em um salário que, segundo a ex-assessora, era de aproximadamente R$ 6.700. Ela afirmou ter trabalhado para o gabinete da vereadora entre janeiro e outubro de 2022.
Em defesa, Inês Paz afirmou que a denúncia era infundada e que a situação se tratava de uma “perseguição política”. “Não tenho medo de ser investigada, e o MP-SP está me investigando. Isso é uma tentativa de calar as vozes que defendem a população”, declarou. A votação na Câmara resultou em 13 votos contra e 7 a favor do pedido, levando ao arquivamento da denúncia sem a formação de uma comissão processante.
O advogado de Inês Paz, Horácio Neto Raineri, afirmou que já foi aberto um procedimento preliminar junto ao Ministério Público de São Paulo. Ele negou as acusações e sugeriu que a ex-assessora poderia estar sendo manipulada por interesses políticos. “A Justiça prevalecerá”, concluiu o advogado.